Lua Azul é o
nome que se dá à segunda Lua cheia dentro do mesmo mês. Um
fenômeno que acontece, em média, uma vez a cada dois anos
e sete meses. A próxima Lua Azul acontecerá apenas em julho de 2015.
Desde a antiguidade, a Lua Azul é
considerada um acontecimento de muita força magnética e
poder espiritual, reforçando o sentido de plenitude da Lua
cheia.
Lua
Azul da Abundância
Acredita-se
que
a Lua Azul começou a ser cultuada, inicialmente, entre os
egípcios, com a substituição do calendário Lunar, que
marcava o tempo usando as fases da Lua, pelo Solar, que
introduziu o conceito do mês de trinta dias. Desde a antiguidade, a Lua Azul é
considerada um acontecimento de muita força magnética e
poder espiritual, reforçando o sentido de plenitude da Lua
cheia.
A
Lua Azul nos proporciona uma oportunidade a mais de tocar
o divino, um aumento de consciência diante das forças
sobrenaturais reforçando assim, o intercâmbio com os
outros planos, reinos e dimensões. Por ser considerada “um
tempo entre os tempos”, um momento raro, e por isso, muito
mais poderoso e mágico, fica mais fácil alcançar “o mundo
entre os mundos” por meio dela. É uma Lua de abundância,
que permite colher muito mais do que plantamos. Os
encantamentos têm maior poder e os resultados são mais
rápidos. Pensamentos e desejos tornam-se mais intensos e,
assim, qualquer ritual exige maior cautela em relação aos
objetivos e pedidos. Mais do que nunca vale a advertência
“cuidado com o que pedir, pois você pode conseguir”!
Com
o surgimento do calendário Juliano,no início do
cristianismo, o culto à Lua Azul passou a ser reprimido
por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar,
do poder feminino e do culto às Deusas, assuntos
perseguidos e proibidos. Mesmo assim, permaneceu sua aura
romântica e poética e a Lua Azul passou a ser associada à
crença de que era propícia ao romance e ao encontro de
parceiros. Surgiu o termo inglês blue moon, significando
algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras
músicas e poemas melancólicos ou esperançosos.
Na
Mitologia
Celta, esta Lua favorece o contato com o Reino Encantado
dos seres da natureza. Invocam-se as Rainhas das Fadas –
Aeval,Aine, Aynia, Bri, Creide, Mah e Sin – e
empreendem-se viagens reais ou imaginárias para as
“Sidhe”, as colinas encantadas, morada do “Little People”,
o Povo Pequeno.
Para
agradar
as Fadas, os Celtas cultivavam perto de suas casas suas
plantas preferidas – calêndulas, verbenas, violetas,
prímulas, e tomilho – e deixavam oferendas de mel, leite,
manteiga, pão, e cristais nas clareiras onde os círculos
de cogumelos denotavam sua presença. Para favorecer a
“visão”, abrindo a percepção psíquica, usava-se Artemísia,
em chá ou em infusões para banhos, suco de samambaias ou
orvalho passado nas pálpebras, saches de mil folhas e
hipericão, invocações mágicas adequadas.
A
Lua Azul é regida pela Matriarca da 13 Lunação.Ela é
“aquela que se torna a visão”, a guardiã de todos os
ciclos de transformação, a mãe das mudanças. Esta
Matriarca nos ensina a importância de seguir nosso caminho
sem nos deixar desviar por ilusões que possam vir a
interferir em nossas visões. Cada vez que nos
transformamos, realizando nossas visões, uma nova
pespectiva e compreensão se abre, permitindo-nos alcançar
outro nível na eterna espiral da evolução do espírito. A
última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente
SER. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e
definições que limitam nossa plenitude.
Para
criar
uma atmosfera adequada a uma celebração da Lua Azul, use
velas e roupas azuis. Prepare água lunarizada expondo
garrafas de vidro azul, cheias de água, aos raios lunares.
Prepare “travesseiros dos sonhos” enchendo uma fronha de
tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema,
hipericão, folhas de artemísia e sálvia. Imante cristais e
pedras azuis como o topázio azul, a safira, o berilo, a
água-marinha, o lápiz-lazuli ou a sodalita. Usando músicas
com sons da natureza, como pios de corujas, cantos de
baleias ou uivos de lobos, permita que sua criatividade e
intuição levem-no/a ao Reino das Fadas ou ao encontro das
Deusas Lunares. Olhe fixamente para a Lua, eleve seus
braços e “puxe” a luz da Lua para sua testa, seu coração e
seu ventre.
Conecte-se,
em
seguida, à Matriarca, pedindo-lhe orientação sobre as
mudanças necessárias para alcançar uma real transformação.
Permaneça,
depois,
em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua
mente ou alegrando seu coração.
Mirella Faur
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