Como essa palavra “acontece” na sua casa? Para praticar é preciso pertencer a alguma religião? A Revista Crescer decidiu discutir o termo e o tema com pessoas bem diferentes e o resultado é surpreendente: praticar espiritualidade pode ser mais simples do que você imagina.
Irei publicar semanalmente, a materia que foi dividida em cinco partes.
Irei publicar semanalmente, a materia que foi dividida em cinco partes.
“Espiritualidade é um sentimento de que a vida não se esgota nem nesse tempo nem nessa materialidade”, diz. Ou seja, a vida não se esgota em você e no seu filho. Não basta apenas vocês estarem bem e felizes. Os vizinhos, os amigos da escola, os animais, as plantas também precisam de atenção, de cuidado.
Mas as crianças conseguem ter esse sentimento? “Sim quando os pais revelam um sentimento, um pensamento em atitudes concretas. É quando ela vê ou os pais agradecendo pelo dia, pela refeição, por exemplo, e é incentivada a fazer o mesmo”, afirma padre Claudio. É você saborear algo – uma comida, uma música, um livro, um abraço – e mostrar que está feliz.
Por isso que a palavra espiritualidade está ligada mais ao “ser” do que ao “ter”. E aqui não estamos apenas falando de consumismo. Mas também estamos nos referindo ao que não pode ser comprado, ao sentimento bom que só o contato com o outro ser vivo pode nos provocar. É o que comprova que não vivemos inutilmente, que a sua vida, a do seu filho, de seu companheiro e de todos com quem você convive faz sentido.
A religião é, na verdade, uma forma de “organizar” a prática da espiritualidade, mas devemos ir além. Se você segue algum tipo de crença ou convive com isso de alguma forma, já descobriu que pouco adianta limitar seus pensamentos e ações a um lugar concreto, seja dentro de uma igreja, uma mesquita ou um centro. Só vale se acontecer no dia a dia, afinal, a espiritualidade existe a partir da conexão com o outro. E é uma representante religiosa quem nos diz: “Não pode estar desvinculado da vida cotidiana, por que se não a espiritualidade não tem uma função prática”, diz a monja Miao Shang, do templo budista Zu Lai, de São Paulo. É uma questão de coerência. Mas, de que importa você não jogar o lixo no chão e usar apenas produtos ecologicamente corretos, se não for capaz de ser gentil com um estranho?
Praticar espiritualidade é...
”Outro dia a Helô acordou muito cedo porque estava com o nariz entupido. Em vez de esticar esse mal-estar, aproveitei para levá-la ver o nascer do sol da minha lavanderia. Quantas cores, quanto frescor... E assim, o que poderia ter sido uma manhã convencional passou a ser espiritualizada com esse toquezinho poético.”
Tatiana Bonumá, jornalista, mãe da Heloísa Bonumá Valsi, de 4 anos “ nhyctftr
2 perguntas para a mestra Miao Shang, do templo budista Zu Lai
O que é espiritualidade?
Não é algo externo a nós, misterioso ou esotérico. É o mundo prático. A espiritualidade não pode estar desvinculada da vida cotidiana. Se fosse algo que você precisasse apenas entrar em um templo para encontrar, ela se desvincularia do ser íntegro que uma pessoa deve ser. Por que o ser humano não é apenas matéria, mas também mente e espírito. E essas três coisas devem andar juntas.
De que maneira as famílias podem praticar essa espiritualidade? E como ensinar às crianças?
Tenha e pratique boas palavras, boas atitudes e bons pensamentos. Ou seja, dê o exemplo. Ensine que não podemos maltratar os animais nem jogar lixo na rua, que é preciso ajudar os idosos, mostrar gratidão pelos alimentos. Há muito que ensinar para as crianças no âmbito real, vivo.
Mas as crianças conseguem ter esse sentimento? “Sim quando os pais revelam um sentimento, um pensamento em atitudes concretas. É quando ela vê ou os pais agradecendo pelo dia, pela refeição, por exemplo, e é incentivada a fazer o mesmo”, afirma padre Claudio. É você saborear algo – uma comida, uma música, um livro, um abraço – e mostrar que está feliz.
Por isso que a palavra espiritualidade está ligada mais ao “ser” do que ao “ter”. E aqui não estamos apenas falando de consumismo. Mas também estamos nos referindo ao que não pode ser comprado, ao sentimento bom que só o contato com o outro ser vivo pode nos provocar. É o que comprova que não vivemos inutilmente, que a sua vida, a do seu filho, de seu companheiro e de todos com quem você convive faz sentido.
A religião é, na verdade, uma forma de “organizar” a prática da espiritualidade, mas devemos ir além. Se você segue algum tipo de crença ou convive com isso de alguma forma, já descobriu que pouco adianta limitar seus pensamentos e ações a um lugar concreto, seja dentro de uma igreja, uma mesquita ou um centro. Só vale se acontecer no dia a dia, afinal, a espiritualidade existe a partir da conexão com o outro. E é uma representante religiosa quem nos diz: “Não pode estar desvinculado da vida cotidiana, por que se não a espiritualidade não tem uma função prática”, diz a monja Miao Shang, do templo budista Zu Lai, de São Paulo. É uma questão de coerência. Mas, de que importa você não jogar o lixo no chão e usar apenas produtos ecologicamente corretos, se não for capaz de ser gentil com um estranho?
Praticar espiritualidade é...
”Outro dia a Helô acordou muito cedo porque estava com o nariz entupido. Em vez de esticar esse mal-estar, aproveitei para levá-la ver o nascer do sol da minha lavanderia. Quantas cores, quanto frescor... E assim, o que poderia ter sido uma manhã convencional passou a ser espiritualizada com esse toquezinho poético.”
Tatiana Bonumá, jornalista, mãe da Heloísa Bonumá Valsi, de 4 anos “ nhyctftr
2 perguntas para a mestra Miao Shang, do templo budista Zu Lai
O que é espiritualidade?
Não é algo externo a nós, misterioso ou esotérico. É o mundo prático. A espiritualidade não pode estar desvinculada da vida cotidiana. Se fosse algo que você precisasse apenas entrar em um templo para encontrar, ela se desvincularia do ser íntegro que uma pessoa deve ser. Por que o ser humano não é apenas matéria, mas também mente e espírito. E essas três coisas devem andar juntas.
De que maneira as famílias podem praticar essa espiritualidade? E como ensinar às crianças?
Tenha e pratique boas palavras, boas atitudes e bons pensamentos. Ou seja, dê o exemplo. Ensine que não podemos maltratar os animais nem jogar lixo na rua, que é preciso ajudar os idosos, mostrar gratidão pelos alimentos. Há muito que ensinar para as crianças no âmbito real, vivo.
Um comentário:
Olá Luciana !
Gostei muito do seu blog, realmente um lugar de muita paz e luz para os nossos espiritos. Deus a Abençõe.
Postar um comentário